[DOCUMENTÁRIO] Quimbanda: Caminhos da Religiosidade Afro-Riograndense
Assista agora mesmo a um trecho do documentário de 2009 no qual Mãe Ieda e pesquisadores gaúchos comentam a Quimbanda Tradicional e a maneira como Exu e Pombagira são honrados e cultuados no sul do Brasil.
Em meados de 2009, poucos meses depois que me iniciei na Quimbanda Tradicional um grupo de estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS desenvolvia um documentário chamado "Caminhos da Religião Afro-Riograndense", retratando as três principais vertentes das religiões afro-brasileiras e de matriz africana encontradas no sul do país: Umbanda, Quimbanda e Batuque (ou Nação).
De características peculiares, bastante diferentes do que comumente encontramos em outras regiões do Brasil, a religiosidade afro-riograndense tem despertado cada vez mais interesse e curiosidade, especialmente no que diz respeito à Quimbanda.
Agora você pode assistir a um trecho do documentário, com a importante contribuição da Mãe Ieda do Ogum, matriarca da Quimbanda Tradicional, hoje com 83 anos e ainda em atividade religiosa. Suas palavras oferecem um olhar mais profundo e esclarecedor sobre essa prática.
No trecho a seguir, Mãe Ieda compartilha conhecimentos valiosos e desvenda alguns dos segredos e mitos que envolvem a Quimbanda e você ainda poderá ver cenas de sessões de Quimbanda Tradicional em seu terreiro, situado em Porto Alegre/RS.
Um dos aspectos mais importantes abordados no documentário explica equívocos comuns sobre a Quimbanda, no qual Mãe Ieda destaca que os Exus e Pombagiras não são demônios, mas sim guardiões e protetores que auxiliam e orientam os praticantes da Quimbanda. Ela também aborda o ritual de "encostar o Exu", que consiste em um momento de desenvolvimento e aprendizado espiritual, no qual o praticante se conecta e se torna um veículo para que a energia dos Espíritos de Quimbanda se manifestem.
Além disso, também é possível ouvir os depoimentos de pesquisadores e estudiosos acadêmicos sobre como, no Rio Grande do Sul, a Quimbanda busca dar um novo sentido à existência humana através da figura dos párias e suas experiências de sobrevivência à margem da sociedade.
Eles também abordam a polêmica acerca dos maus-tratos aos animais na Quimbanda e ressaltam que essas acusações são fruto do racismo religioso e do desconhecimento acerca dessas práticas, enfatizando que a relação com os animais é pautada no respeito e na harmonia com a natureza, afinal, nas tradições espirituais afro-brasileiras a existência é sagrada e valorizada em todas as suas formas.
Aproveite!
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Texto originalmente publicado em: https://www.diegodeoxossi.com.br/home/quimbanda-caminhos-religiosidade-afro-riograndense